Educomunicação - uma introdução

A Educomunicação se desenvolve sob a tríade comunicação, educação e participação e visa formar o chamado senso crítico frente à mídia. Os objetivos dessa abordagem diferenciada é, primeiro instituir novas formas de ensino-aprendizagem através de canais interativos de comunicação, tendo a experimentação e a pesquisa como instrumento cotidiano, para superar o paradigma instrucionista. Também estimula competências a produção de conhecimentos através da escrita, oralidade, comunicação e crítica da realidade.

Nossa principal intencionalidade é contribuir para a mudança das práticas curriculares – trabalhando com novas mídias na escola, pesquisa e participação. Nossas ações são:Web-método, Radiação, Impressão, Oratória e o Cinemação. Primeiro sensibilizamos os professores para uma proposta de transformação da maneira como as escolas trabalham o ensino com a nova metodologia da Educomunicação. Depois, promovemos conhecimento das linguagens das mídias impressas e eletrônicas, através da realização de produtos midiáticos. Finalmente criamos canais de comunicação e participação na escola e socializamos as ações com criação de núcleos de Educomunicação nas escolas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Videoconferência mostra boas experiências de Educomunicação

EDUCAÇÃO - Evento reuniu educadores das 33 Diretorias Regionais de Educação do Estado no Instituto Anísio Teixeira

Videoconferência mostra boas experiências de Educomunicação

As experiências de Educomunicação desenvolvidas nas escolas da rede estadual foram difundidas para educadores de todas as 33 Diretorias Regionais de Educação (Direc) durante a segunda videoconferência sobre o tema, realizada no Instituto Anísio Teixeira (IAT).

Além de apresentar os produtos do CinemAção, do RadiAção, da impressão e do web método, projetos da coordenação de Educomunicação, a videoconferência teve o objetivo também de propagar a metodologia entre os profissionais da rede estadual da educação.
O evento, que aconteceu na quinta-feira, contou com a participação do secretário da Educação, Adeum Sauer, do coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (USP), Ismar de Oliveira, e da professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Terezinha Fróes.

"É preciso que os professores compreendam a Educomunicação como mais uma metodologia que busca mudar as práticas curriculares usando as mais diversas tecnologias e não como algo que venha acarretar mais trabalho", explicou o coordenador de Educomunicação da SEC, Marcílio Rocha.

Tendo como metodologia a aprendizagem por meio da produção de material socioeducativo, a Educomunicação tem estimulado alunos e professores a construir conhecimento com base na experiência e experimentação.

Receptividade – A professora de Artes da Escola Raul Sá, Nadir Nóbrega Oliveira, por exemplo, tem se apropriado da metodologia para obter ganhos ainda maiores com os projetos que já desenvolvia na unidade escolar.

"Acredito que é mais uma ferramenta para a educação como um todo, principalmente para a educação que constroi indivíduos", avaliou a educadora, contando ainda que a receptividade ao projeto no ambiente escolar tem sido muito positiva.

"Os alunos viram a produção de cinema de outros colégios e começaram a perceber que eles também são capazes de fazer. Vejo vários aspectos positivos nisso.

Os alunos saem do espaço decoreba e têm a percepção que, com simples aparelhos de celular, podem ampliar o seu conhecimento e sua capacidade de criação", enfatizou ainda a professora.

Projeto vai às escolas da RMS

Nessa primeira etapa, o projeto está presente apenas nas escolas da capital baiana. O próximo passo será levá-lo para municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS) e, depois, para todo o estado.

"Queremos desenvolver práticas curriculares que não sejam focadas em memorização. Na Educomunicação se aprende com ação, participação e experimentos", disse.

O objetivo da SEC é implantar uma nova metodologia nas escolas, contribuindo para novas práticas pedagógicas e a inclusão dos educandos no processo educacional como sujeitos criativos e portadores de poder de intervenção social.

CinemAção: uma aposta do cinema no aprendizado

Uma das apostas da Educomunicação é o projeto CinemAção, criado no intuito de ressignificar a forma de aprender, dando a oportunidade aos estudantes de mostrar que é possível usar o cinema como atividade pedagógica.

Com temas livres, os filmes demonstraram que criatividade não falta no alunado e reforçam a tese do projeto de que, ao inovar, a escola passa a despertar mais interesse. Ao todo, já foram produzidas 20 películas com durações que variam de três a seis minutos e a meta é de ampliar esse número gradativamente.

Para que o projeto tenha êxito, a SEC oferece nas escolas oficinas com professores e alunos sobre roteiro (técnica de filmagem, recursos didáticos audiovisuais), relato de experiências (o making off das produções relatadas pelos alunos) e novos currículos (como construir currículos educomunicativos).

O CinemAção visa desenvolver atividades pedagógicas transdisciplinares por intermédio das linguagens audiovisuais. Trata-se de uma metodologia focada na autoria, na pesquisa, na experimentação e na construção de produtos socioeducativos como princípio educacional.

(fonte: Diário Oficial do Estado da Bahia)

II Vídeoconferência - Metodologia Educomunicativa























Restam poucas vagas para II Vídeoconferência sobre Educomunicação

Restam poucas vagas para II Vídeoconferência sobre Educomunicação

A quantidade de inscrições para a II videoconferência sobre Educomunicação que se realizará no dia 23 demonstrou o interesse pela metodologia educomunicativa. Das 150 vagas oferecidas para assistir a videoconferência de forma presencial, restam apenas 15 vagas para se atingir o limite permitido, faltando ainda 07 dias para conferência on line.

A videoconferência ocorrerá no dia 23 de julho no Instituto Anísio Teixeira (IAT) e vai discutir cinema, rádio, jornal e internet (web) nos processos de produção da rede pública do estado. A conferência terá como palestrante Dr. Ismar de Oliveira, da USP; Dra. Teresinha Fróes, da UFBA e Marcílio Rocha Ramos, Coordenador de Educomunicação da Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC).

Todas as 32 Diretorias Regionais de Educação já confirmaram a participação por e-mail e telefone. A coordenação também confirmou a participação dos 16 Núcleos de Tecnologia Educacional.

“As novas atividades na rede com a disseminação da metodologia educomunicativa, principalmente através de produtos sócio-educativos como rádio, jornal e cinema revelam o grande interesse dos professores em construir novas formas de produção do conhecimento e mostram que eles estão inquietos e inconformados com a pedagogia da instrução, por perceberem que esta não atende mais os interesses da juventude, tampouco os mobilizam para o conhecimento.” Afirma Marcílio Rocha Ramos, Mestre em Educação e Coordenador de Educomunicação da SEC.

Teoria e Prática – a Educomunicação surge como um campo de síntese dialética entre a Pedagogia e a Comunicação. Segundo Ismar Soares, professor e coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da USP, “O campo da Educomunicação é compreendido como um novo gerenciamento, aberto e rico, dos processos comunicativos dentro do espaço educacional e de seu relacionamento com a sociedade”.

A realidade que se esboça no alvorecer do século XXI mostra a força dos meios de comunicação de massa. Teóricos da comunicação, como Albino Rubin, (professor da Faculdade de Comunicação da Ufba), observam que o mundo vive a “Idade Mídia”, um era em que racionalidade está fundada nas redes rizomáticas da comunicação com vários emissores, a construir uma verdade fragmentada e multifacetada e mundo interconectado – na qual a internet surge como exemplo pungente. Teresinha Fróes e Antônio Cardoso, ao analisarem a Educação a Distância, afirmam que “O contexto atual da sociedade caracteriza-se pela globalização do conhecimento, da economia e da informação. Cada vez mais, os recursos tecnológicos de informação e comunicação se desenvolvem e se aperfeiçoam proporcionando múltiplas alternativas de gear, acessar e disseminar conhecimentos. Com o rápido desenvolvimento tecnológico, há uma constante necessidade de manter-se atualizado e os relacionamentos tornam-se mediados pelas novas tecnologias”.

Como mostra Geneviève Jacquinot (professora da Universidade de Paris 8), “os alunos que chegam hoje à sala de aula estão impregnados, sobretudo televisa”, uma vez que a juventude passa “tanto tempo em frente (e as outras telas) quanto na escola”. E isso já não pode ser mais desconsiderado pelos educadores.

Na metodologia educomunicativa há a percepção de que os meios de comunicação não são como mera ferramenta de instrução. Pelo contrário, procura usar criticamente as Tecnologias de Informação e Comunicação (rádio, internet, jornal, cinema) para a produção horizontal do conhecimento baseada na realidade e na lógica preconizada por Celestin Freinet – de “aprender fazendo”. Ou na apreciação de Donizete Soares (professor de filosofia e diretor do projeto “Cala boca já morreu”), “o neologismo Educomunicação, que em princípio parece a mera junção de Educação e Comunicação, na realidade, não apenas une as áreas, mas destaca de modo significativo, um terceiro termo, a ‘ação’ ”.

É importante notar que Educomunicação não se restringe a trabalhar pontualmente com os meios de comunicação de massa para repassar os conteúdos das disciplinas. A educomunicação supera esta prática instrucionista (basicamente fundada na memorização e repetição de conteúdos fechados e – em muitos casos – distantes da realidade), pois ela coloca o estudante (junto com o professor) como autores e protagonistas do conhecimento, no momento em que eles estão imersos na produção de material sócio-educativos através de um permanente encontro dialógico e horizontalizado. O professor, neste caso, atua mais como um coordenador, tentando fazer com que os educandos partam de sua realidade imediata para entendê-la e modifica-la. Na visão de Donizete Soares, a educomunicação possui a “capacidade de entrecruzar saberes, promovendo a interlocução ou a conversa entre os que constroem e/ou os que utilizam desses saberesapacidade de entrecruzar saberes, promovendo a interlocuçcom os estudantespaç”.

Por isso que pesquisadoras como Gabriela Felippe Rodrigues Metzker (jornalista, educomunicadora e mestranda em Ciências da Comunicação na USP) encaram a educomunicação como uma forma de “promover a educação emancipatória, aquela que prepara o sujeito para pensar, desenvolver sua consistência, seu senso crítico”. Já Ismar Soares lembra “que ‘produção do conhecimento’, ‘tecnologias da informação’ e ‘cidadania’ parecem aproximar-se substancialmente, toda vez que agentes sociais intervêm partir de determinada perspectiva sócio-política. Neste sentido, reafirma-se, com ênfase, o papel próprio da liderança, tanto no denominado ‘movimento popular’ quanto no mundo da educação formal. Em ambos, desponta a figura do educomunicador”.

Devido a isso, essa metodologia parece na escola não como mais uma disciplina na grade curricular, e sim, como um aspecto trans e multidisciplinar (da mesma forma como a educação ambiental, por exemplo). Surge como um campo de convergência da comunicação com as demais áreas do conhecimento.

A partir destas colocações teóricas (rapidamente esboçadas acima) é que serão feitas as discussões na videoconferência. Logo abaixo, segue os links com alguns textos para maior conhecimento sobre o tema.

Pauta da Videoconferência

Articuladores
Ismar de Oliveira - Professor da USP, consultor do MEC (§ Políticas Públicas de Educomunicação, § Experiências e pesquisas em educomunicação)
Marcílio Rocha Ramos - Coordenador de Educom (§ Metodologia educomunicativa;
§ Projetos Educomunicativos da rede, na Bahia)
Teresinha Fróes – Professora UFBA. Coordenadora do doutorado em Difusão do Conhecimento (§ Novos espaços de aprendizagem com as tecnologias.)

Links

educomunicação - o que é isto? (Donizete Soares)
http://www.portalgens.com.br/baixararquivos/textos/educomunicacao_o_que_e_isto.pdf
o que é um educomunicador? (Geneviève Jacquinot)
http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/11.pdf
educação e comunicação: diálogo ou duelo? (Profa. Rosalia Duarte)
http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/54.pdf
raízes educomunciativas: do conceito à prática (Cláudia Lago e Patrícia Horta Alves)
http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/16.pdf
o perfil do educomunicador (Ismar de Oliveira Soares)
http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/29.pdf
uma educomunicação para a cidadania (Ismar de Oliveira Soares)
http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/6.pdf
alfabetização e educomunicação (Ismar de Oiveira Soares)
http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/89.pdf
construção do conhecimento em uma comunidade virtual de aprendizagem (Teresinha Fróes e Antonio Cardoso)
http://www.cinform.ufba.br/7cinform/soac/papers/8132dc0b68fac2a4e1b28d7af19e.pdf
práticas pedagógicas utilizando um ambiente virtual de aprendizagem para construção colaborativa do conhecimento (Teresinha Fróes e Antonio Cardoso)
http://dgz.org.br/jun08/art_03.htm

Videoconferência terá participação dos professores Ismar de Oliveira [USP] e Teresinha Fróes [UFBA]

Videoconferência terá participação dos professores Ismar de Oliveira [USP] e Teresinha Fróes [UFBA]

Videoconferência terá participação dos professores Ismar de Oliveira [USP] e Teresinha Fróes [UFBA]

Coordenação de novas mídias na escola vai realizar discussão on line sobre utilização de cinema, jornal, rádio e web como novos espaços de aprendizagem

A mídia-educação é tema da segunda videoconferência em Educomunicação da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, dentro das proposições do MEC da educação por área de conhecimento. A reunião on line – que ocorrerá no dia 23 de julho das 08h30 às 12h - é uma realização da Diretoria de Currículos Especiais, através da Coordenação de Educomunicação da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC).

A educomunicação se propõe articular a produção do conhecimento com base na realização de produtos sócio-educativos, na experimentação com os recursos das tecnologias da comunicação e da informação, e práticas pedagógicas voltadas para a realidade imediata dos educandos, em torno das quais são construídas questões para reflexão e ação da escola com a comunidade.

A Conferência on line vai ocorrer a partir do Instituto Anísio Teixeira e tem confirmada a participação do professor da Universidade de São Paulo, Ismar de Oliveira, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da USP e consultor do MEC e da professora da Universidade Federal da Bahia, Teresinha Fróes, consultora da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e professora-adjunta da Universidade Federal da Bahia.

A videoconferência terá como convidados os diretores e coordenadores das Diretorias Regionais (Direc) e dos Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTE), educadores e técnicos envolvidos com a educação e produção de mídias. A videoconferência poderá ser acompanhada também de forma presencial, em um dos auditórios do IAT. Neste caso, o interessado deve se inscrever por telefone (3115-8951) ou por e-mail (educom@sec.ba.gov.br). As vagas são limitadas (150 lugares).

Temática - A temática da conferência on line está voltada para as experiências dos educadores da rede com a metodologia educomunicativa e os projetos da Coordenação de Educomunicação: Cinemação [filmes e videoreportagens com máquina de celular]; Radiação [rádios web e atividades com radiodifusão]; Impressão [produção de leitura crítica e ativismo com jornal escolar e comunitário]; Web-método [desenvolvimento de atividades com suporte da internet e TIC].

São estas experiências que vão alimentar também as discussões na videoconferência e oferecer respostas a questões como:

§ O que é a metodologia Educomunicativa?

§ Como relacionar as áreas de conhecimento com realização de produtos sócio-educativos?

§ Qual a relação do cinema, rádio, jornal, web com a educação? Qual o papel do educador e

do educando nos processos?

§ Como fazer filmes com máquina de celular? Como editar as produções?

§ Quais as aprendizagens que ocorrem com as práticas audiovisuais?

§ Como avaliar as produções dentro do currículo da escola?

O foco da proposta educomunicativa com base no currículo por área de conhecimento está voltado para realização pelos educadores e educandos de projetos e atividades com a escola e a comunidade, associando teoria e prática, tecnologia e participação, realização de produtos sócio-educativos e empoderamento coletivo.

Um dos projetos da coordenação de Educomunicação que vem mobilizando a juventude estudantil para as práticas com audiovisual é o Cinemação. Há mais de um ano, a Coordenação de Educomunicação vem realizando produções com cinema nas escolas de educação integral utilizando apenas as filmadoras de celulares.

As produções dos educandos foram divulgadas no DVD “Cinemação: uma idéia na cabeça e um celular na mão”, composto de 11 filmes e estão disponíveis na Secretaria da Educação e no site: http://www.sec.ba.gov.br/. Agora o projeto está se estendendo para toda a rede pública do Estado.


Pauta da videoconferência

Articuladores
01) Ismar de Oliveira - Professor da USP e consultor do MEC. Falará sobre:
§ Políticas Públicas de Educomunicação
§ Experiências e pesquisas em educomunicação
02) Marcílio Rocha Ramos - Coordenador de Educomunicação. Falará sobre:
§ Metodologia educomunicativa;
§ Projetos Educomunicativos da rede, na Bahia

Teresinha Fróes – Professora UFBA e Coordenadora do doutorado em Difusão do Conhecimento. falará sobre:
§ Novos espaços de aprendizagem com as tecnologias.