Educomunicação - uma introdução

A Educomunicação se desenvolve sob a tríade comunicação, educação e participação e visa formar o chamado senso crítico frente à mídia. Os objetivos dessa abordagem diferenciada é, primeiro instituir novas formas de ensino-aprendizagem através de canais interativos de comunicação, tendo a experimentação e a pesquisa como instrumento cotidiano, para superar o paradigma instrucionista. Também estimula competências a produção de conhecimentos através da escrita, oralidade, comunicação e crítica da realidade.

Nossa principal intencionalidade é contribuir para a mudança das práticas curriculares – trabalhando com novas mídias na escola, pesquisa e participação. Nossas ações são:Web-método, Radiação, Impressão, Oratória e o Cinemação. Primeiro sensibilizamos os professores para uma proposta de transformação da maneira como as escolas trabalham o ensino com a nova metodologia da Educomunicação. Depois, promovemos conhecimento das linguagens das mídias impressas e eletrônicas, através da realização de produtos midiáticos. Finalmente criamos canais de comunicação e participação na escola e socializamos as ações com criação de núcleos de Educomunicação nas escolas.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Educomunicação e Mediação Tecnológica. Desafio ou Solução?

Educomunicação

Educomunicação e Mediação Tecnológica. Desafio ou Solução?

Douglas Lima, Virajovem São Paulo (5/1/2006)

Muito mais do que um simples conceito que integre no mesmo campo de intervenção comunicação, educação e ação, a educomunicação agrega princípios que anteriormente não eram reconhecidos com a relevância que têm hoje.

No cenário internacional, podemos considerar que a influência dos meios de comunicação no dia a dia das pessoas, é algo que não mais se considere supérfluo, ou seja, promoção de igualdade bem como resgate dos preceitos de convívio social, podem ser trabalhados num contexto pedagógico, sem ser algo cansativo, de forma que possibilite um grande acesso a informação e um alto nível de pluralidade.

Hoje é fato que um dos métodos mais fáceis de buscar novos conteúdos de informação, bem como conhecer coisas que antes seriam impossíveis de se conhecer em tão pouco tempo, é o fenômeno da Internet.

Não devemos levar em conta as pendências que a Internet provoca num primeiro momento com a educação complementar, ou básica, já que para todos os efeitos, a grande contribuição que a educomunicação traz, como ferramenta de intervenção social nesse caso, é justamente desenvolver o conceito "Media Education", que muito anterior á educomunicação em si, já promovia práticas de intervenção.

Se levado em conta o fato de que a defendida "Leitura Crítica" dos Meios de Comunicação, era uma constante nem sempre levada a sério, talvez pelo fato de apresentar um grande risco para a convencional comunicação social privada, já que o espectador se torna também produtor de conteúdo.

Essa interessante alternativa já é encontrada facilmente em vários lugares e com diversas formas e linguagens. Por exemplo, este site que você navega agora, é um ótimo exemplo de educomunicação na prática, pois ao mesmo tempo em que ele insere um fundamento pedagógico-educativo, volve a forma tradicional de absorção de informação para um campo ainda mais amplo, o campo da produção paralela a educação, já que são duas vertentes convergentes.

Consideremos o fato de que a Wikipédia integra público-leitor com público-escritor, além dos milhões de internautas que acessam o conteúdo por segundo no mundo todo. Esses internautas, além de serem o que chamamos de "público receptor", tem a possibilidade de interagirem com provocações que dão sequência as discussões que alimentam as páginas principais de conteúdo. Essas provocações são bastante valiosas, uma vez que num domínio público, quanto maior a quantidade de pessoas e idéias em debate, maior e mais conciso é o resultado dessas discussões.

Analisando por um outro prisma, e mudando um pouco de ares editoriais, para produções radiofônicas, o projeto Educom.Rádio, no Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo - Brasil, é um dos projetos que concentra integralmente as bases da educomunicação, com liberdade de interação e condução do processo comunicacional, em todos os aspectos e momentos de produção e capacitação, já que por ser moldado para públicos-alvo específicos, possibilita uma descentralização dos conteúdos, e um aprofundamento na realidade sociocultural do indivíduo. Da mesma forma, um outro mercado que tende a buscar novos horizontes em pouquíssimo tempo, é o da produção de vídeo.

Com a chegada da "TV DIGITAL" no sistema das telecomunicações do Brasil, a Anatel - Agência Nacional das Telecomunicações pretende entre outras coisas, entrar finalmente nos eixos da constituição federal, que institui três formas de comunicação, Privada, Pública e Estatal. Essa discussão já não é de hoje, e vem se estendendo há muito pelo fato de que os grandes projetos de concepção comunicativa e de intervenção, vêm brigando com unhas e dentes pelo direito à liberdade de expressão coletiva.

Nos últimos anos, a perseguição de todo o sistema de governo sobre as rádios comunitárias, por exemplo, estão sendo palco para ilustrar as dificuldades que seriam encontradas, caso essas mesmas associações resolvessem produzir conteúdo televisivo, e distribuir pelos ares em forma de ondas curtas. Em poucas palavras, essa dificuldade é a mesma tanto no rádio quanto na televisão.

O grande jogo de interesse político, volta e meia, torna as discussões muito mais lentas do que deveriam ser. Hoje, enquanto a proposta de inserção do padrão de rádio digital fica na gaveta do governo, a discussão rola solta nos bastidores da capital federal. A grande dúvida que circunda as decisões oficiais é principalmente com relação ao tipo de sinal a ser adotado, O padrão Americano possibilita o envio de sinal que é recebido e decodificado por TVs que já possuam a tecnologia, ou que tenham acoplado um decodificador específico; O padrão Europeu, que além de ser recebido por TVs pode ser recebido em celulares ou TVs móveis, como as de LCD (Cristal Líquido) para automóveis, porém com baixa qualidade; Ou o padrão Oriental, que suporta transmissão de alta qualidade para todo tido de recepção. Celulares, portáteis, TVs, e até o futurístico formato de aparelho receptor de rádio digital também possibilitará a reprodução.

Essas e outras novas tecnologias vêm contribuindo para um maior desenvolvimento da educação com uma visão mais aprofundada da cultura em todos os aspectos. Hoje, a "Cybercultura" ganhou espaços inovadores e arrojados, que contam com apoio de associações que bancam os altos gastos dessa produção.

É possível encontrar museus, casas de cultura, bibliotecas e outras associações, que com a preocupação de não deixar que os seus arquivos literários por exemplo, não morram, fazendo a conversão desses materiais para formatos chamados "e-books".

Geralmente esses arquivos digitalizados, recebem antes do nome, a letra "E", que deriva de "Eletronic", como E-Book, E-mail e etc… A grande vantagem de se converter materiais para formatos digitais é a quantidade de conteúdo que pode ser mais facilmente armazenado, ocupando pouco espaço e facilitando o acesso e utilização desses conteúdos.

Um desses exemplos é a digitalização do acervo videográfico da TV Cultura. A primeira tv pública do Brasil, possui um dos maiores acervos históricos em vídeo do país.

Dentro desses exemplos, é possível extrair idéias de aproveitamento desses acervos digitais, já que agora eles estão tão acessíveis a um público que pode acessar os mesmos dentro de sua casa, ou num "cyber-café" em qualquer lugar do mundo.

Vale a pena se interar, e conhecer mais um pouco desse mundo eletrônico, e fazer de tudo para que ele possa colaborar cada vez mais com a educação.

fonte: : http://www.revistaviracao.org.br/artigo.php?id=80

Nenhum comentário:

Postar um comentário