Educomunicação - uma introdução

A Educomunicação se desenvolve sob a tríade comunicação, educação e participação e visa formar o chamado senso crítico frente à mídia. Os objetivos dessa abordagem diferenciada é, primeiro instituir novas formas de ensino-aprendizagem através de canais interativos de comunicação, tendo a experimentação e a pesquisa como instrumento cotidiano, para superar o paradigma instrucionista. Também estimula competências a produção de conhecimentos através da escrita, oralidade, comunicação e crítica da realidade.

Nossa principal intencionalidade é contribuir para a mudança das práticas curriculares – trabalhando com novas mídias na escola, pesquisa e participação. Nossas ações são:Web-método, Radiação, Impressão, Oratória e o Cinemação. Primeiro sensibilizamos os professores para uma proposta de transformação da maneira como as escolas trabalham o ensino com a nova metodologia da Educomunicação. Depois, promovemos conhecimento das linguagens das mídias impressas e eletrônicas, através da realização de produtos midiáticos. Finalmente criamos canais de comunicação e participação na escola e socializamos as ações com criação de núcleos de Educomunicação nas escolas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cinema Brasileiro - Ainda muito aquem do Cinemação

Cinema Brasileiro: Ainda muito aquem do Cinemação

O início da história do cinema no Brasil praticamente coincide com o surgimento do próprio cinema. A primeira exibição no Brasil aconteceu em julho de 1896, no Rio de Janeiro, poucos meses após os Irmãos Lumière terem inventado o cinema. Em 19 de junho de 1898, teria sido filmado o primeiro filme brasileiro: Vista da baia da Guanabara, do italiano Alfonso Segreto, mostrando sua chegada no navio Brèsil.

As primeiras produções brasileiras, ainda no cinema mudo, foram adaptações de obras literárias principalmente os romances de José de Alencar e reconstituições de crimes. Os primeiros grandes cineastas brasileiros foram Humberto Mauro, autor de Ganga Bruta e Mario Peixoto, autor de Limite.

Na década de 40 surgiram as primeiras grandes companhias brasileiras de cinema: a Atlântida, famosa pelas chanchadas – gênero de filme popular, e a Vera Cruz, de onde saiu O Cangaceiro – primeiro filme brasileiro de sucesso internacional e vencedor da palma de ouro em Cannes. Ambas as companhias tentavam recriar a forma de produção hollywoodiana. As chanchadas marcaram o cinema brasileiro na década de 50, com os filmes de Oscarito, Grande Otelo, Anselmo Duarte, Eliana e José Lewgoy.

Na década da 60, surge o Cinema Novo, influeciado pelo Neo-Realismo italiano e a Nouvelle Vaugue francesa. Liderado por Glauber Rocha, era uma estética realista, contestatória e engajada de se fazer cinema no Brasil de baixo orçamento. Com a ditadura militar, a censura e o AI-5, nos anos 70, esse novo movimento entra em refluxo. Nesta época, surge o Udigrudi ou Cinema Marginal. Paralelamente, é criada a Embrafilme, estatal que produzia e distribuia os filmes. Através da Embrafilme são produzidos algumas das maiores bilheteirias do Brasil, como Dona Flor e seus Dois Maridos de Bruno Barreto. Com a Embrafilme, também são criadas mecanismo de proteção ao cinema nacional, como a Lei do Curta.

Na década de 80, a crise econômica faz que o ritmo de produção caia. Com o governo Collor, é extinta a Embrafilme e todo aparato governamental de apoio à produção. Isso gerou um período de estagnação, que durou até 1995, com o lançamento de Carlota Joaquina – princesa do Brasil, de Carla Camurati. A partir daí veio o período da Retomada, com o cinema brasileiro ganhando fôlego e produzindo filmes de sucesso como O Quatrilho, Central do Brasil e Cidade de Deus.

O desafio brasileiro é contruiruma linguagem própria – como tanto quis o Glauber Rocha – e fugir da estética alienadora imposta ao terceiro mundo pelo império americano.
No contexto da Educação vemos o cinema na perspectiva do Cinemação: uma linguagem para a educação, a comunicação, a participação e o empoderamento coletivo.

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